“The Mirror & the Light” Hilary Mantel, 2020.
Fim e fecho da trilogia... este levou menos encómios da crítica (a Hilary a provar do próprio veneno) mas parece-me que é só a síndroma do Padrinho III... ninguém quer ver o seu mau favorito na sua (inevitável, inexorável, narrativamente necessária) queda... isto é uma maravilha: o aumento e aceleração das contradições; como todo o acordo entre malandros é pelo menos tantos acordos quanto malandros (e sempre menos um); o gato exótico na árvore; o período da Maria; a confirmação do aviso mais assustador de sempre “you don’t know me”; o cheiro a serradura da execução a lembrar uma cozinha italiana... 15 anos a escrever; só este são 38 horas de audiolivro.. o cortesão mais que perfeito, útil numa corte de que a Hilary acredita na utilidade como acredita na utilidade das regras do romance (a sua enorme vitória é a sua insuficiência final).
Hard is to climb, harder is to know what to do on the top, le temp viendra.

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