“Alix – l’Art de Jacques Martin” Festival International de la BD d’Angoulême, 2018.
Catálogo duma grande exposição comemorativa em Angoulême foge, pela positiva, aos habituais cash-grabs que aparecem para pôr os cadáveres a render. Este é mesmo invulgarmente bom, se não tanto em termos de grafismo propriamente dito, mas sobretudo no que envolve a história do autor... e olha que é raro eu guardar livros de história da BD que são mais para ler do que para ver.
Só a história do dirimir das queixas de plágio de estilo entre o Edgar P. Jacobs e o Martin, a começar pelo facto de ser toda feita por cartas datilografadas, no estilo ultra-bem-educado dos cavalheiros francófonos do antigamente, a conclusão de que o que estava a acontecer é que ainda estavam ambos a desenhar à Hergé, e a consciente negociação de separação de estilos entre a linha clara realista do Jacobs e o ultra-naturalismo do Martin; só isso vale a pena.

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