“After the Revolution” Robert Evans, 2021.

Ficção mais antecipação que propriamente sci-fi do tio Robert... já o sabia óptimo contador de histórias e agora muto + convencido que a bimbice ocasional de não saber pronunciar aquilo que só se conhece por ler é mais afectação que outra coisa, a erudição é tão funda como disfarçada numa eterna fuga entre o se ser e o se parecer snob. Não tanto golpe d’asa como a Magpie, mas brilhante e até com mais compaixão, pelo menos mais compreensão do preço da violência (ele compreende fundo que a guerra não é meio que não se torne em fim): a ideia de nos obrigarmos a confrontar com as vidas das nossas obrigatórias vítimas é absurdamente generosa e totalmente uma proposta na eterna luta para controlarmos a nossa eterna queda para a destruição, uma tentativa de resposta que na sua forma só podia vir de alguém pelo menos 10 anos mais novo que eu... respostas novas para problemas velhos (que ele curiosamente não pratica na própria escrita).

Muito bom!