“Alma Viva” Cristèle Alves Meira, 2022.

Empurrado pela tua irmã (que consome tudo produzido por luso-qualquer-coisos, olha o nome da realizadora) com um “vê que temos de conversar sobre”, convites para conversar com a tua irmã cá na minha vida só são ultrapassáveis por convites para foder com a tua irmã, e como sempre corre bem. Isto é dum nível que eu vou fazer como os moços e reduzir a coisa a um TLDR: vê!

Tenho parágrafos e parágrafos de conversa sobre isto (1/3 ensaiados com a tua irmã) mas reduzamos a coisa ao bombástico: Ontem tinha o Canijo, hoje tenho o Canijo e a Cristèle. + Este filme (uma, duas no máximo) às vezes é demasiado bem filmado. + Quanto mais penso nesta meia linha entre documentário e ficção mais vejo o ponto de fuga barato para uma cinematografia barata mas não marginal dum sítio barato mas não marginal como o nosso + a Cristèle filma mais bonito que o Canijo (a tua irmã tem uma explicação que não interessa nada).. esta é a primeira longa dela!!! + não há um momento desperdiçado, um parvoíce de guião, figurino, cenário, fotografia, som, é tudo tão absurdamente bom e complexo e bonito para além de correcto que a única pergunta que se me sobra é se a Cristèle consegue fazer isto outra vez + Isto é a melhor coisa que vi cinema nacional que é absurdamente bom sem tentar ser absurdamente bom e profundo desde “Os Imortais” que com este partilha a enorme quantidade de carne no guião... aprendam cabrões!!!

Podes ter carne e correr mal, mas isso é falta de jeito de quem grelha, o que não quer dizer que o contrário seja simplesmente ter jeito... é mais 8 pessoas diferentes terem 5 jeitos muito específicos e haver um jeitoso que harmonize a coisa toda... e, resumo, é isso que acontece aqui:

https://www.youtube.com/watch?v=m9774j9p_eY

Vê! vê! vê! vê! VÊ!!


 

Comentários

  1. Eu vi no cinema quando estreou e amei. Entretanto já mostrei à Rafaela que, obviamente, amou também.

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