“O Descobrimento do Brasil” Humberto Mauro, 1936.
Este é de força... 36 que é como quem diz pleno getulismo fascista versão tupinambá, mais Eisenstein que Riefenstahl, mas tudo dos pequeninos, fotografia com 20 anos de atraso, som recortado só para quando é preciso, resto música do Villa-Lobos demasiado boa para uma chafarica destas, de resto nem o SNI se saía com uma cena destas: os portugueses parecem estátuas de cera e os índios completos bonecos de corda (se o Fanon visse isto escrevia os “Damnés...” outra vez). Gosto especialmente da malta a dormir ao monte no convés, todos de touca à Madalena, todos muito entediados nos tempos mortos, sem saberem agarrar um astrolábio e a tocar gaita de foles deitadões e a dedilhar dois tubos para mais... espectáculo! Muito chatinho no rigor formal (3º ancoradouro aqui e 4º ancoradouro acoli), inexacto em tudo o resto, para o fim a coisa anima, tem um momentito de brilhantismo com a cena dos barris de água e outro com as danças dos índios e os saltos reais do Diogo Dias, mas tudo espremido é uma hora longa à brava:
https://www.youtube.com/watch?v=v6iRy0zFAEI

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